quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Lula receberá prêmio inédito de Estadista Global

Qua, 20 Jan 2010
Fonte: Estadão


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá o prêmio de Estadista Global do Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), no dia 29. Esta é a primeira edição da homenagem, criada para marcar o aniversário de 40 anos do Fórum.


Conforme a organização do evento, o prêmio tem o objetivo de destacar um líder político que tenha usado o mandato para melhorar a situação do mundo. "O presidente do Brasil tem demonstrado verdadeiro compromisso com todas as áreas da sociedade", disse o fundador e presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, em nota à Agência Estado.


Segundo ele, esse compromisso tem seguido de mãos dadas com o objetivo de integrar crescimento econômico e justiça social. "O presidente Lula é um exemplo a ser seguido para a liderança global."


A entrega do prêmio será feita pelo ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e está prevista para às 11h30 (horário local; 8h30 de Brasília) do dia 29, quando o presidente brasileiro fará um discurso. Em seguida, terá início um painel de discussão sobre o Brasil. O objetivo é debater os atuais condutores do crescimento do País e os desafios à frente.


Entre os participantes do painel estarão o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o copresidente do conselho de administração da Brasil Foods, Luiz Fernando Furlan, o presidente do Instituto Ethos, Ricardo Young e o vice-presidente do argentino Banco Hipotecario, Mario Blejer. Lula também fará o encerramento do painel sobre o Brasil.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Indígenas são um terço dos miseráveis do mundo, diz ONU

Fonte: BBC Brasil

Um terço das 900 milhões de pessoas que vivem em extrema pobreza no mundo são indígenas, diz um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) publicado nesta quinta-feira.

O relatório, intitulado A Situação dos Povos Indígenas do Mundo, foi preparado por sete especialistas e divulgado pelo Secretariado do Fórum Permanente sobre Questões Indígenas das Nações Unidas.

Segundo os analistas da ONU, em decorrência da pobreza e da falta de acesso à saúde e educação, a expectativa de vida da população indígena chega a ser 20 anos inferior à média nacional em alguns países, como Nepal e Austrália.

Uma das mais graves ameaças a esses povos é o desrespeito por suas terras.
"Quando a população indígena reagiu (às desapropriações e invasões) e exigiu seus direitos, sofreu abusos físicos, detenções, torturas e até mortes", diz a publicação.

Diante desse quadro, diversos povos indígenas enfrentam sério risco de extinção.
Além disso, o estudo afirma que em cem anos, 90% de todos os idiomas indígenas devem desaparecer junto com suas tribos.

Tucuruí

O relatório critica o projeto da Usina Hidrelétrica do Tucuruí, no Pará, usando-o como exemplo para ilustrar as dificuldades enfrentadas pelos povos indígenas.

Para sua execução, uma barragem no Rio Tocantins foi construída, alagando uma área de mais de dois mil quilômetros quadrados.

A ONU explica que a água parada gerou uma praga de mosquitos e um aumento expressivo na incidência de malária sobre as comunidades indígenas da região.

Na região latino-americana, as taxas de pobreza dos índios são sempre superiores às do restante da sociedade: no Paraguai, ela é 7,9 vezes maior; no Panamá 5,9 vezes maior; no México 3,3 vezes maior; e na Guatemala 2,8 vezes maior.

A ONU cita que entre 2000 e 2005 a taxa de suicídios entre os índios guaranis foi 19 vezes maior do que a média brasileira.

A expectativa de vida dos índios também é menor do que a da média da população na região. Indígenas vivem 13 anos a menos na Guatemala, dez anos no Panamá e seis no México.

O estudo aponta ainda que a mortalidade infantil é 70% superior em comunidades indígenas da América Latina.