terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Exploração ilegal prejudica Parque Nacional da Serra da Canastra

Falta de fiscais, tamanho do parque e o fim do convênio com a Polícia Militar Ambiental de Minas Gerais desde 2008 são fatores permissivos à exploração ilegal de quartzito no Parque Nacional da Serra da Canastra. Extratores clandestinos têm retirado diariamente, em quantidade que não é possível determinar, pedras que são vendidas e transportadas para receptadores numa cadeia de extração mineral sem qualquer autorização dos órgãos competentes.

De acordo com o chefe do Parque Nacional da Serra da Canastra, Darlan Pádua, os crimes têm acontecido com muita frequência e são apenas quatro fiscais para dar conta de uma área de 200 mil hectares.

“Não tem como ficar numa área só, os fiscais precisam ficar circulando. Além disso, eles não têm que vigiar apenas os extratores clandestinos, mas também ficam alertando visitantes e fazendeiros das redondezas, sem falar ainda dos crimes que acontecem na área regularizada”.

Projetos de 2007 buscam melhorias, mas tramitação é lenta

Tramitam no Congresso Nacional dois projetos de autoria dos deputados federais mineiros Carlos Melles (DEM), Rafael Guerra (PSDB), Odair Cunha (PT), Maria do Carmo Lara (PT) e Geraldo Thadeu (PPS), que versam sobre mudanças no Parque Nacional da Serra da Canastra. Um deles altera os limites do parque, com o objetivo de solucionar os conflitos fundiários na região, o outro cria a Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra da Canastra, em Minas Gerais, com a finalidade de proteger o entorno do Parque. Os dois projetos foram relatados pelo então deputado e ambientalista Fernando Gabeira (PV/RJ).

O deputado Carlos Melles explica que a realidade hoje é que o Parque tem 71.525 hectares e não os 200 mil hectares, que estão somente no papel, portanto, projetos aprovados ampliam para mais de 150 mil hectares a área efetiva do Parque Nacional da Canastra


Firmino Junior (Folha da Manhã)

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